Eis um dos poemas feito para o Dia da Poesia.
Nesta casa pequena, quente
falta-lhe espaço - caminhos de vento e sol.
A outra casa
varrida pelo vento
banhada pela chuva e sol
ecoa choros cantares, sonhos:
hoje é uma casa qualquer
numa rua qualquer
- sem choro, sem canto e encanto.
Maria José Mamede Galvão
quinta-feira, 18 de março de 2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
Geração de Pedra
Currais Novos é pedra
em vez de ser água.
Nem tanto pela sina cármica
Da compensação
e da variante trágica,
mas pela imutável “Lei”do estio,
que aqui sempre se cumpre.
Aqui, soletram-se pedras
no idioma voraz de todas as pedras.
E não discute-se a rigidez dos atos,
apenas a flexibilidade dos termos.
Recitam-se “as” pedras
em poemas geodésicos,
inspirados em todas as suas esquinas angulares;
e não se faz pela poesia concreta,
mas sim pelo verso obtuso de sua história-processo.
Somos pedra
Sem sermos Pedro,
e sobre essa pedra não edificaremos igreja alguma,
nem castelos nem sonhos.
Contudo, lapidaremos cada vez mais novas “pedras”
na ânsia pela perpetuação da espécie
e pela preservação dos nossos veios sólidos.
Resiste sim, uma pedra na gente,
diferente pedra do artifício pensante.
E pedras que chegam e que partem;
Pedras que até se encontram no veio das rimas e dos versos,
e que, no fim, se ajuntam coesas
na aluvião indelével do tempo.
Volney Liberato- Currais Novos, RN
Currais Novos é pedra
em vez de ser água.
Nem tanto pela sina cármica
Da compensação
e da variante trágica,
mas pela imutável “Lei”do estio,
que aqui sempre se cumpre.
Aqui, soletram-se pedras
no idioma voraz de todas as pedras.
E não discute-se a rigidez dos atos,
apenas a flexibilidade dos termos.
Recitam-se “as” pedras
em poemas geodésicos,
inspirados em todas as suas esquinas angulares;
e não se faz pela poesia concreta,
mas sim pelo verso obtuso de sua história-processo.
Somos pedra
Sem sermos Pedro,
e sobre essa pedra não edificaremos igreja alguma,
nem castelos nem sonhos.
Contudo, lapidaremos cada vez mais novas “pedras”
na ânsia pela perpetuação da espécie
e pela preservação dos nossos veios sólidos.
Resiste sim, uma pedra na gente,
diferente pedra do artifício pensante.
E pedras que chegam e que partem;
Pedras que até se encontram no veio das rimas e dos versos,
e que, no fim, se ajuntam coesas
na aluvião indelével do tempo.
Volney Liberato- Currais Novos, RN
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